POEMA AVULSO
Sim, deixo que me beijes e me sorvas todo para que eu seja teu como tu és minha. Deixo que me beijes a noitinha quando somente teremos entre nós o luar - a espiar. Deixo que me beijes; e com teu beijo plantes uma sementinha [pequenina em meu coração. Para que assim, a sementinha plantada, tu venhas todas as noites para regá-las ao luar com teus beijinhos mansinhos suaves mas eternos. Se isso fizeres creia o amor que plantaste apesar de etéreo eterno será. Sim, será maduro talvez caduco [as vezes mas maduro firme inabalável como um sonho formidável desses tão bons que parece nuca acabar. Que o amor se vá como o arrevoar dos pássaros mas que fique ao menos seu vestígio em mim em ti em nós. Felipe Catão